Meses deslizaram torpes e sagrados.
Sequer posso tocar tanta amplidão, tanto arfar em meio às sombras que iam recebendo luz.
O vale noturno, por onde o girassol muito se nutriu e excretou, precisou ser abandonado. Levemente, como tinha de ser. Sem nada levar. Sem nada voltar para buscar.
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Um corpo molenga, de rigidez-escudo, começa a erguer seu peito e firmar seu ponto - menos caboclo não haveria de ser.
A desindentificação simplesmente aflora em seus primeiros passos. É mesmo flor: delicada e me faz rir. Percebo que as extensões, onde tanto amarrei meu pé, podem ser desfeitas como numa grande brincadeira de criança.
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Um comentário:
Vamos construindo, refazendo e desfazendo... É um emaranhado essa nossa existência, e acredito, que o movimento é essencial para a vida!
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