Mostrando postagens com marcador ansiedade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador ansiedade. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O coração comprime meu trinco.
A poesia encardida,
Impregnada das minhas fugas,
Acossa a saída como se fosse ver o mar.

Sendo que há tanto espelho
A me contar do que tanto sei.
(Cotidiano-caos,
Lamentável corte me atravessando impiedoso).

Acolho esse inferno de mim
Como uma sacramentada tristeza.
Eu não me abandono...
Maldigo o meu estar,
A minha espera desigual.
Mas não impeço o passo,
Impetuosa que sou.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Eu podia escrever um livro de trezentas páginas sobre esses últimos três dias. Ou bem mais que isso, bem mais. E pela vida inteira eu vou lembrar. Comovida, modificada, transbordando sensações. As crianças e suas mãos apertando a minha com força, os corações cercados de fogo, a flor com nossos nomes dentro das pétalas - e os deles bem juntinhos -, o choro, o caos, os abraços que pedem socorro, o corpo amordaçado... tantos fragmentos ainda por juntar, uma escuta ainda amedrontada para oferecer e toda a vontade do mundo de acolher.

Que meus olhos não se fechem.
Que eu não só veja, mas também repare.
Que minha escuta seja como as águas calmas do mar pela manhã.



Ps. (para os que se preocuparam por não entender): O texto se refere mais a uma experiência que tive com crianças institucionalizadas, através de uma proposta da base de pesquisa da qual faço parte na faculdade.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Se eu não consigo te sentir, a distância é ocupada por um grande vácuo. Não sei ficar à mercê do acaso, dos encontros efêmeros e desastrados numa hora que nunca sabemos quando vai ser. Os ritos e a comunhão vão se desgastando por estarem a esmo.

Em tempo: o meu amor ainda caminha sobre frágeis trilhos de papel.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Do desejo

.



I

Prefiro não ir,
É melhor ficar.
Meu pulso está com preguiça de se portar frente à navalha!
Desejo interdito.
Desejo inter dito.
Sucumbido.


II

Densa que sou,
Bem sei o perigo em sentir.
Aborto minhas chamas:
Fica para outra vez.