Em tempo: o meu amor ainda caminha sobre frágeis trilhos de papel.
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Em tempo: o meu amor ainda caminha sobre frágeis trilhos de papel.
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Quando eu quis ser grande
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Não adianta. Ninguém nunca vai entender o que realmente somos um pro outro. Podem tentar chegar até perto ou muito longe, mas só a gente vai saber o que nos move em direção a essa ligação tão forte. E eu vou estar perto, quando longe e de mãos dadas, sempre que perto. E se meu abraço puder dissolver as dores que você sentir, eu quero ter o colo mais macio e os punhos mais firmes, para te ser confortável, quente e segura nos dias frios e injustos. E vou desejar ser tão alta quanto você, para que sua cabeça se encaixe em meu ombro e eu te cuide. A cada ano que se passa, a gente dá um jeito de dizer: “não saia nunca de perto, por favor” e “eu vou estar com você o tempo todo”. Esses anos hoje se somam
sexta-feira, 28 de março de 2008
Vez ou outra, eu resolvo entrar pela sua rua, passo em frente à casa dos seus avós e fico me perguntando se você ainda mora por lá ou o que será que faz naquela madrugada em que eu vejo teu carro estacionado e a as luzes em tons lilases por entre as frestas das janelas que sempre acreditei serem do seu quarto. Verá um filme bacana? Fico tentando adivinhar. Algumas vezes coincidiu de eu passar no mesmo horário em que costumávamos nos telefonar e conversar sobre essas dores do existir. Você dizia que nunca ia largar minha mão, lembra? E me sentia imensamente feliz.
Existia um lugar onde eu era sozinha, insuportavelmente sozinha. Um lugar que me dava medo, então eu o comprimia quantas vezes pudesse para escondê-lo num beco escuro. Eu tinha vergonha dele até você chegar e me mostrar como ele não era meu. Que ele existia independente de mim e você fazia parte. Um lugar que se tornava absurdamente mais bonito quando era compartilhado. Pensei ter muita sorte por descobrir a beleza de tudo que eu sentia e pensava sobre as coisas. Era como uma fraternidade secreta e poucos teriam acesso. Assim como Tereza pensou ao encontrar Tomas em “A insustentável leveza do ser” (Milan Kundera). Achei que era única no mundo para você e você era único no mundo para mim, tal qual a flor do pequeno príncipe. Sem perceber, associei você à beleza que acabara de descobrir. Quem assim não teria a mesma importância? Como se tua mão tivesse me resgatado do vazio que me obrigava a sentir vergonha do que eu tinha de mais precioso. E quando você resolveu ir embora, eu tive medo que tudo voltasse a ter a cor cinzenta de antes. No entanto, o que vi já não podia ser tirado de mim. E mais: o caminho estava só começando a ser descoberto. Encontrei pessoas incríveis e percebi que a tal fraternidade é mais habitada do que minha arrogância supunha. Quase cinco anos se passaram. É claro que eu não sou mais a mesma e endureci deveras, mas uma das diferenças mais gritantes é que desde então nunca mais eu tive seus passos acompanhando os meus, ainda que por poucos dias, simplesmente porque você bloqueou o canal e até hoje eu espero que você volte, mesmo que qualquer um diga que eu só fui um brinquedo eficiente para o seu sadismo. E isso dói forte e pinga lentamente como um conta-gotas.