quinta-feira, 10 de junho de 2010

Terça-feira

era uma mulher
e um ramo de ervas
próximo ao nariz.
senti o cheiro:
não era de chá nem de terra.

era cheiro de rugas,
de tempo suspenso
de fazer poético
em pleno meio-dia.

meu olhar interviu sem querê-lo
e eu fotografei o susto
a la manoel de barros.

Um comentário:

Bruno disse...

num ambiente Asséptico e suado, o tempo para. Continuas andando e se enaltecem plantas, num verde e marrom que se espalha pelo ambiente. Cheiro de chuva, rugas e grafite no papel. O sol lá fora está cada vez mais forte e teu peito não para de bombear saudades. Tuas palavras viajam em teu lugar.

:*