*
Minha desordem não é camuflada.
A casa inteira reflete meus congestionamentos e inflamações.
Nem caibo aqui.
*
Tenho mãos pequenas.
Mostro o quão são ásperas,
Quando o menino dos olhos apertados
Diz gostar delas.
*
Um corpo rejeitado
Debruçou-se sobre a cômoda
E vomitou seu inferno num lenço de papel.
Ela disse a mim:
Mil sóis para secar o suor dele da sua pele
(Uma poesia no chão rachado daquele lugar).
*
Um comentário:
Bonito mesmo. Sem comentários para essa pequena preciosidade lírica.
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