quarta-feira, 9 de setembro de 2009

fragmentos I

*

Minha desordem não é camuflada.
A casa inteira reflete meus congestionamentos e inflamações.
Nem caibo aqui.

*

Tenho mãos pequenas.
Mostro o quão são ásperas,
Quando o menino dos olhos apertados
Diz gostar delas.

*

Um corpo rejeitado
Debruçou-se sobre a cômoda
E vomitou seu inferno num lenço de papel.

Ela disse a mim:
Mil sóis para secar o suor dele da sua pele
(Uma poesia no chão rachado daquele lugar).

*

Um comentário:

Unknown disse...

Bonito mesmo. Sem comentários para essa pequena preciosidade lírica.