Se te parecer distante,
Escassa de peito aberto,
Não convoque espinhos
Para dançar conosco.
- Não quero mais a fixação dos cortes.
Ao seu lado desaprendo ofícios,
Recuso chispantes faróis,
Sou alforriada do vale dos ventos.
Círculo dos infernos dantescos.
- Pés bailarinos transformam pesos.
Quando vierem artimanhas,
Descaradas sabotagens,
Relembrarei eloqüências
Em imagens.
- Só há céu em lilás degradê quando o sol não arde no rosto.
Acordo desejos sutis.
Cheiro da cidade,
Voz dos ancestrais,
Tempo largo de casas com quintal.
- Frondosos matos cobrem fronteiras.
3 comentários:
Delicado
e o pé encardido da bailarina é lindo...
A distância que nunca me pareceu tão curta. A distância de apenas um abraço para os corpos se juntarem, em palavras, gestos, olhares sorridentes, rostos brandos, alma leve como bailarina.
É doce colorido que sacia os olhos e a boca. É carinho encantado quando desliza as mãos na pele solitária, que se completa naquele instante escuro.
Encontrou enfim uma casa, refúgio.
E para superar o medo dorme sempre de portas abertas, pois lá dentro uma mão espera a sua, na ânsia de se juntarem contra a sede do mundo.
Postar um comentário