sexta-feira, 21 de maio de 2010

Se te parecer distante,
Escassa de peito aberto,
Não convoque espinhos
Para dançar conosco.

- Não quero mais a fixação dos cortes.

Ao seu lado desaprendo ofícios,
Recuso chispantes faróis,
Sou alforriada do vale dos ventos.
Círculo dos infernos dantescos.

- Pés bailarinos transformam pesos.

Quando vierem artimanhas,
Descaradas sabotagens,
Relembrarei eloqüências
Em imagens.

- Só há céu em lilás degradê quando o sol não arde no rosto.

Acordo desejos sutis.
Cheiro da cidade,
Voz dos ancestrais,
Tempo largo de casas com quintal.

- Frondosos matos cobrem fronteiras.

3 comentários:

entre arabescos e nacaras disse...

Delicado

Saga disse...

e o pé encardido da bailarina é lindo...

Anônimo disse...

A distância que nunca me pareceu tão curta. A distância de apenas um abraço para os corpos se juntarem, em palavras, gestos, olhares sorridentes, rostos brandos, alma leve como bailarina.

É doce colorido que sacia os olhos e a boca. É carinho encantado quando desliza as mãos na pele solitária, que se completa naquele instante escuro.

Encontrou enfim uma casa, refúgio.
E para superar o medo dorme sempre de portas abertas, pois lá dentro uma mão espera a sua, na ânsia de se juntarem contra a sede do mundo.