essas chuvas ácidas
bem sei o que traz:
a íris que me finca em solo fértil,
o abraço que me torna pequena,
a boca que se crava em minhas costas
(quando, em carne, somos suor e fome).
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também sou polarizada,
inflamada e perdida.
trago entulhos:
facas cegas, frases incompletas, murchos girassóis noturnos.
recebe, novamente, a mim.
saliva agridoce, mar alaranjado,
esse desajeitado coração dilatado...
terra e água,
preces para nos sabermos,
como antes,
sagrados.
3 comentários:
você é grande em todos os espaços!
(e a fome vem antes da carne, meu bem)
beijos.
podem vir ao mesmo tempo, também :)
a ordem, já disse, jamais vai alterar a poesia.
(cont)
a palavra que é mais urgente, toma a frente e pede prioridade.
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